Percebo a mulher selvagem
que em mim habita
mescla misteriosa de valquíria e ninfa
Ela vive trancada numa cela escura
Como todos buscam sufocar suas Sombras
em masmorras profundas
Há muito não busco mais o autoconhecimento
em raros alfarrábios misticos
Nem tenho a certeza de prelados e doutos
sobre coisa alguma
E ainda há os que fingem para si
as mais altas honrarias
com suas falsas personas
Minha selvagem se ve desnuda
sem preconceitos de forma
com a garra e o poder feminino
que nunca desiste nem acaba
e até mesmo o oceano agita em tempestade
Esta mulher selvagem que me habita
sem rédeas, sensual,
ve-se aprisionada
Ela sou eu ou eu sou ela?
Da mente que me atrae
como a luz trai a mariposa
Liberta enfim da cela
sinto a leveza que me invade
ao atingir-se este ponto sem volta
de criar-se a cada dia
assim segue, célere e faceira
a passos largos em direção
aos campos eternos
do meu Samadhi....
Que vocação para a escrita!!!
ResponderExcluirObrigado
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