Do Céu ao Inferno
jornada do solitário Mago
em sua alcova
plena de frascos e alfarrábios
num suspiro de enxofre
fogo fátuo de ilusão
surgiram bizarras musas em quatrilho:
Pobreza, Tormento, Culpa e Angustia
junto com elas surgiram legiões
de horrendas aparições noturnas
gargalhando em teatral platéia
funesta aparição de peça bufa
As três primeiras afastou com maestria
A ultima permaneceu
como substancial criatura
impregnada neste torto verso /conjura
O mal se esconde
em suas muitas manifestações
que habitam nas sombras do limbo
onde os pesadelos tomam forma
de odiosas visagens
escravas de funestos hábitos
e falsas lembranças
sem existência própria
evocados na vigília noturna
estes parasitas
miséria de espectros
retalhos do que foram
de quando em vida
terror sem nome
que se avizinha
sempre a espreita
do passado apego
de pobres mortais
deles saciam-se
com sofreguidão
se servem das vivas almas
num burlesco festim noturno
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